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Gilberto Nóbrega
Fotógrafo madeirense imortaliza Açores
Por: Paulo Camacho
Gilberto Nóbrega nasce na Madeira em 1919.
Projeta emigrar para o continente americano, mas acaba por mudar, em 1942, para São Miguel, nos Açores, onde falece em 2003.
Naquela ilha abre, em 1943, um estúdio de fotografia no no n.º 74 da Rua Machado dos Santos, então a principal rua do comércio da cidade de Ponta Delgada.
Ele próprio terá concebido a iluminação do seu estúdio, construído um aparelho para transferir fotografia para slide ou ainda montado o primeiro estúdio de fotografia a cores de São Miguel.
Chega a ter mais de 30 funcionários. É um pioneiro bem-sucedido.
O seu negócio tem continuidade, após a sua morte, pela filha Ana Nóbrega. No entanto, a Foto Nóbrega fecha portas em 2018, deixando um vasto legado de registos com grande valor histórico e patrimonial do fotógrafo, assim como o espólio da Foto Toste, cujo estúdio o empresário madeirense adquire nos anos 50. Da Fotografia Nóbrega, existem mais de 800 mil negativos e da Foto Toste, mais de 30 mil negativos.
Gilberto Nóbrega é um fotógrafo pioneiro. Imortaliza a vida, a cultura e a paisagem da nova ilha que o acolhe através da edição de postais. Revela paisagens, festas e tradições da ilha.
Na sua essência, capta as vistas do arquipélago, regista os seus mais importantes acontecimentos, dedicando-se à produção retratística e à fotografia publicitária, editando postais e por diversas vezes expõe os seus trabalhos fotográficos.
A 19 de Agosto de 2013, a título póstumo, é atribuído ao fotógrafo madeirense o Diploma de Reconhecimento Municipal, por ocasião do Dia Mundial da Fotografia.
A cerimónia decorre no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Ponta Delgada.
Naquele dia, é ali inaugurada uma exposição de fotografias do homenageado, a quem é reconhecido o acervo por si produzido, numa documentação fotográfica que, ainda hoje, regista e é referência histórica da transformação física e paisagística da Região ao longo dos anos.
É um dos nomes mais marcantes da fotografia do século XX nos Açores, com a sua obra a constituir um acervo fotográfico de valor incalculável.
A Gilberto Nóbrega é reconhecido ser um intérprete sensível e rigoroso da vida micaelense, captando a alma de um povo e a identidade da ilha.
Tem o seu nome ligado à toponímia de Ponta Delgada, sendo atribuído, após a sua morte, no eixo viário que liga, nos dois sentidos, a Avenida Antero de Quental à rua do Paiol, na freguesia de São José, a designação Rua Gilberto Nóbrega.
O arruamento é inaugurado pelo presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Pedro Nascimento Cabral.
Na ocasião, o edil sublinha que aquela rua “é um verdadeiro agradecimento público, sentido e merecido, a um artista da imagem que soube eternizar a essência de Ponta Delgada e transformar cada momento num fragmento precioso da nossa história coletiva”.
A rua surge na nova zona residencial que o grupo ANC constrói em Ponta Delgada. Trata-se de um novo loteamento destinado à construção de moradias unifamiliares, promovido pelo grupo empresarial ANC.
O grupo, no qual o neto de Gilberto Nóbrega, André Nóbrega Coelho, é administrador, tem contribuído para o desenvolvimento económico e social de Ponta Delgada, de São Miguel e dos Açores, investindo em áreas tão diversas como a venda de combustíveis, o turismo - através do aluguer de automóveis e da oferta de passeios - e, agora, também, na promoção e comercialização de novas habitações.
Por ocasião da inauguração da referida rua, o descendente do fotógrafo acentua que graças a essa parceria, o nome de Gilberto Nóbrega fica inscrito na história da cidade.
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