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Apresentados

António Egidio Henriques de Araújo

O eng. dos sete ofícios António Egídio Henriques de Araújo nasce na freguesia dos Prazeres, na Calheta, a 1 de setembro de 1891. Viria a falecer no Funchal, a 27 de dezembro de 1977, com 86 anos. Estuda no Liceu de Jaime Moniz, na capital da ilha da Madeira. Segue, depois, para Lisboa, para cursar Engenharia Eletrotécnica. Em 1911 deixa a Universidade de Lisboa e vai para Londres para uma escola de engenharia, onde se forma em 1915. Em 1916 ingressa no Exército e, como oficial miliciano, parte para a França. É nomeado chefe dos oficiais do C.E.P. de Paris onde presta serviços como alferes equiparado de Engenharia. Terminada a I guerra mundial, em 1918, regressa à capital londrina. Ali casa em 1919, pela primeira vez, com Phoebe Janet Melvill, escocesa, com quem tem três filhos. De volta a à Madeira, volta a casar, desta feita, com Maria Beatriz Malheiro, com quem tem 17 filhos. Em finais de 1919 é professor provisório do Liceu e convidado para exercer as funções de engenheiro da Fábric...

Fernão Perestrelo

Um professor no Canadá


Fernão Perestrelo nasce na freguesia de São Pedro, na Madeira, em 1939. Estuda por cá até ao antigo 7.º ano, actual 11,º ano de escolaridade. Nessa altura, era o último do secundário.
Deixa o Funchal e vai para Lisboa, para a Faculdade de Letras. Faz o curso de Linguística Românica.
Depois estuda igualmente em faculdades no estrangeiro. Suíça, Itália e França são os países por onde passa.

por: Paulo Camacho

Além de ter ensinado, ainda estudante, e preparando a tese em Lisboa, diz que a verdadeira vida profissional começou na Inglaterra. Ensina três anos na Universidade de Leeds. Na altura, como Leitor.
Depois ensina, durante dois anos, nos Estados Unidos da América, contratado pela Universidade de Washington, em St. Louis.
Em 1970 vai para o Canadá.
Segue para a Universidade de Laval, no Quebeque. É a mais antiga do Canadá.
E ali ficou até hoje.

Fernão Perestrelo confessa que gosta muito da universidade e da cidade que considera muito europeia. “Sinto-me bem. Não é muito grande. Tem entre 600 a 700 mil habitantes, e uma oferta cultural muito, muito grande”.
Além disso sublinha que o Quebeque tem uma universidade com cerca de 38 mil alunos.
Em relação à componente cultural refere ser muito intensa.

Em 2010, quando fizemos este trabalho, continuava a ensinar na faculdade, mas confessava que se vai aposentar em breve. Queria fazer uma transição para que o Ensino continue sem quebras.
Recorda que durante todos estes anos, tudo o que era literatura portuguesa ou brasileira refere que estar presente. Daí querer que tudo continue a ser abordado, o que acredita que irá acontecer com um assistente brasileiro que trabalha consigo há 22 anos.
Depois disso, confessava que não pensava regressar para a Madeira, que dizia ser só para férias. Compara a cidade do Quebeque com a do Funchal e diz que na capital madeirense há um vazio cultural muito grande. Além disso, diz que para vir à Madeira demora quase um dia. Embora a distância não seja grande. A inexistência de ligações diretas obrigam a muitas escalas.

Reconhece que o inverno no Quebeque é muito rigoroso e o verão mais quente que a Madeira. Contudo, sublinha que tem possibilidade de fazer férias para zonas próximas, como o México e as Caraíbas.
Contudo, diz que o clima não constitui um handicap.

Além da vida de professor, era igualmente cônsul honorário de Portugal no Quebec.

Quanto a famílias portuguesas na cidade onde reside, adianta que, no máximo, existem 700, muito integradas, que emigraram há 40/50 anos.
Acentua que o português destas famílias começa a estar esquecido. Para a conversa ser mais célere tem de ser em francês.
Desconhece madeirenses na cidade, não na Província do Quebeque que tem, inclusivamente com associações. No geral, terá cerca de 60 mil portugueses.

Refere que, na atualidade, quem vem de fora está muito bem integrado, o que não acontecia muito antigamente.

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