Emanuel Machado


Inovar negócios de família

Em 1979 termina o liceu. Faz o Propedêutico e vai para Lisboa. Tira o curso de Gestão de Empresas. Acaba a formação em 1983.
Realiza um estágio na extinta Companhia Nacional de Navegação. Tem a responsabilidade de análise de funções. Nessa altura, a companhia ainda tem navios. Por lá fica cerca de um ano.
Depois, em 1984, integra os quadros da Caixa Económica do Funchal, que vem a culminar na criação do Banco Internacional do Funchal — Banif.


por: Paulo Camacho

A Caixa Económica

Emanuel Machado é técnico de análise de investimentos.
Aí por 1986 integra o gabinete de promoção da Caixa em banco. O gabinete é chefiado pelo dr. Rebelo Quintal e integra também o dr. Tranquada Gomes.
Em 1988, a instituição transforma-se em banco. Passa a integrar os quadros do Banif. É responsável pelos clientes especiais do banco.
A dada altura sente que o percurso na banca está a chegar a um momento que o obriga a tomar decisões quanto ao rumo a dar à sua vida profissional.

A Promosoft

Está a desenvolver-se um projecto pelo qual sente um carinho grande. Tem uma série de colegas que trabalham juntos. Trata-se da criação da Promosoft.
Emanuel Machado fica ligado à empresa de informática até ao início da década de 90.
Paralelamente a isto, integra os quadros da companhia de aviação madeirense Air Columbus. É o primeiro director financeiro da empresa. Ali fica durante dois anos e acompanha, em simultâneo, algumas acções da Promosoft.
Na altura em que ainda está no Banif, chega a trabalhar com o comendador Horácio Roque. Integra um projecto para a constituição de um fundo de pensões.

Empresas familiares

Indirectamente, também está ligado ao comércio, por laços familiares. Por isso mesmo, a dada altura, sente a necessidade de iniciar um processo de substituição dentro da empresa familiar. Alguns familiares estão a chegar a uma fase da vida que requer mais algum sossego e retirar-se do mercado mais activo.
Emanuel Machado acaba por deixar tudo o resto. Aceita o desafio de continuar nas empresas familiares. Está ciente de que é uma aposta diferente: a entrada no comércio.
Ajuda a desenvolver as empresas Machados, com actividades que vão desde o comércio tradicional até à área da saúde. Percorre um conceito que é o de fazer com que as empresas estejam presentes na área do conforto, saúde e bem-estar dos clientes.

Todo o tempo possível

Trabalha com outros familiares, especialmente com o tio Francisco Machado, com quem emparceira os negócios da família.
Em termos práticos são um conjunto de empresas: a Jaime S. Machado & Filhos, Lda., que tem a Lisbel e os estabelecimentos Machados Desporto; a Irmãos Machado, com o Centro Ortopédico do Funchal, que actua no retalho e numa divisão de grossista na área do material médico-hospitalar e consumo clínico; e a Conforent, para aluguer de equipamento de saúde, e a Persona, uma clínica de nutrição e estética.
Emanuel Machado dedica todo o tempo possível às empresas.
Começa o dia a ouvir as notícias difundidas pela rádio às 7 horas. Fica por ali uns 15 minutos. Levanta-se e vai cuidar dos cães, de quem muito gosta e que, no fundo, são bons companheiros na prática da grande paixão das horas livres: a caça. Treina todos os dias os cães na casa onde vive, no Santo da Serra.
Toma o pequeno-almoço e sai de casa pelas 8.45 horas. Menos de meia hora depois chega ao escritório e começa a trabalhar.

A ACIF

Além da actividade comercial, há três anos, foi convidado pelo presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal/Câmara de Comércio e Indústria da Madeira, Anthony Miles, para integrar a direcção da instituição. Aceita. Considera que tem sido uma experiência fantástica.
Assume a presidência do sector de Comércio.
Diz que fica em dívida com a própria instituição por permitir que intervenha no sentido de tentar diminuir algumas assimetrias existentes entre as formas de comércio, nomeadamente a urbana, e aquele que se concentra em grandes espaços comerciais.
Lembra o caso da ExpoNatal que, em seu entender, tem sido uma grande operação de “merchandising” com efeitos surpreendentes. Tem permitido a fixação de determinados tipos de hábitos de consumo localizados dentro do espaço urbano. No fundo, é esse o grande objectivo da iniciativa.

A Internet

Além da caça, Emanuel Machado também gosta de ver ralis. Acompanha o desenrolar dos ralis do campeonato regional e a prova rainha, que é o Rali Vinho Madeira.
No domínio das novas tecnologias sente-se completamente identificado em relação a essa matéria. Desde a primeira hora que surgem no mercado os computadores mergulha sobre os teclados tirando sempre partido do que proporcionam.
Emanuel Machado é utilizador frequente do correio electrónico.

Uma loja virtual

Neste momento está a estudar a implantação de uma loja virtual, uma loja de conveniência de ortopedia na Internet.
O projecto é oneroso e está a andar muito devagar, em parte devido ao momento menos bom que o país e o mundo atravessam.
A parte da ferramenta está concluída. Resta aguardar por melhores momentos para avançar, aí por finais de 2004, princípios de 2005.
A ideia é divulgar a loja dentro de portais normalmente usados por utilizadores madeirenses. Isso não significa que, tendo em linha de conta que o grupo desenvolve algumas adaptações na área da ortopedia, pode tentar que alguns produtos desenvolvidos localmente passem a estar disponibilizados em qualquer parte do Mundo, de onde podem até vir a surgir algumas parceiras estratégicas nesse sentido.
Emanuel Machado continua ligado à direcção da Casa da Europa. Faz parte do conselho consultivo da CERNE — Casa da Europa, um espaço muito forte de debate de temas europeus.
Gosta de ler. Tem sempre vários livros na mesa-de-cabeceira.
Em relação à actualização de conhecimentos faz frequentemente acções de formação, tanto da Universidade Católica como no ISCTE.
Tenta manter-se o mais atento possível em tudo o que se passa à sua volta. Vai a muitos seminários, conversas, tertúlias, onde se discutem diversas temáticas.

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